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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Joana D'arc

Virgem d'Orleans
Nascimento 6 de Janeiro de 1412 em Domrémy-la-Pucelle, Lorena
 França
Falecimento 30 de maio de 1431 (19 anos) em Ruão, Alta Normandia
 França
Veneração por Igreja Católica
Beatificação 1909, Roma por: São Pio X
Canonização 16 de Maio de 1920, Roma por: Papa Bento XV
Festa litúrgica 30 de maio
Padroeira França
Santa Joana d'Arc (em francês Jeanne d'Arc) (Domrémy-la-Pucelle, 6 de janeiro 1412Ruão, 30 de maio 1431), por vezes chamada de donzela de Orléans, era filha de Jacques d'Arc e Isabelle Romée e é a santa padroeira da França e foi uma heroína da Guerra dos Cem Anos, durante a qual tomou partido pelos Armagnacs, na longa luta contra os borguinhões e seus aliados ingleses.
Descendente de camponeses, gente modesta e analfabeta, foi uma mártir francesa canonizada em 1920, quase cinco séculos depois de ter sido queimada viva.
Segundo a escritora Irène Kuhn, Joana d'Arc foi esquecida pela história até o século XIX, conhecido como o século do nacionalismo, o que pode confirmar as teorias de Ernest Gellner. Irène Kuhn escreveu: Foi apenas no século XIX que a França redescobriu esta personagem trágica.
François Villon, nascido em 1431, no ano de sua morte, evoca sua lembrança na bela Ballade des Dames du temps jadis ou seja, Balada das damas do tempo passado -
Et Jeanne, la bonne Lorraine
Qu'Anglais brûlèrent à Rouen;
Où sont-ils, où, Vierge souvraine?
Mais où sont les neiges d'antan?
Antes aos fatos relacionados, Shakespeare tratou-a como uma bruxa; Voltaire escreveu um poema satírico, ou pseudo-ensaio histórico, que a ridicularizava, intitulado «La Pucelle d´Orléans» ou «A Donzela de Orléans» [1]
Gravura de 1505
Depois da Revolução Francesa, o partido monárquico reavivou a lembrança da boa lorena, que jamais desistiu do retorno do rei.
Joana foi recuperada pelos profetas da «França eterna», em primeiro lugar o grande historiador romântico Jules Michelet. Com o romantismo, o alemão Schiller fez dela a heroína da sua peça de teatro "Die Jungfrau von Orléans", publicada em 1801.
Em 1870, quando a França foi derrotada pela Alemanha - que ocupou a Alsácia e a Lorena - "Jeanne, a pequena pastora de Domrémy, um pouco ingênua, tornou-se a heroína do sentimento nacional". Republicanos e nacionalistas exaltaram aquela que deu sua vida pela pátria.
Durante a primeira fase da Terceira República, no entanto, o culto a Joana d'Arc esteve associado à direita monarquista, da qual era um dos símbolos, como o rei Henrique IV, sendo mal vista pelos republicanos.
A Igreja Católica francesa propôs ao Papa Pio X sua beatificação, realizada em 1909, num período dominado pela exaltação da nação e ao ódio ao estrangeiro, principalmente Inglaterra e Alemanha.
O gesto do Papa inspirou-se no desejo de fazer a Igreja de França entrar em mais perfeito acordo com os dirigentes anticlericais da III República, mas só com a Primeira Guerra Mundial de 1914 a 1918, Joana deixa de ser uma heroína da Direita. Segundo Irène Kuhn, a partir daí os "postais patrióticos" mostram Jeanne à cabeça dos exércitos e monumentos seus aparecem como cogumelos por toda a França. O Parlamento francês estabelece uma festa nacional em sua honra no 2º domingo de maio.
Em 9 de maio de 1920, cerca de 500 anos depois de sua morte, Joana d'Arc foi definitivamente reabilitada, sendo canonizada pelo Papa Bento XV - era a Santa Joana d'Arc. A canonização traduzia o desejo da Santa Sé de estender pontes para a França republicana, laica e nacionalista. Em 1922 foi declarada padroeira de França. Joana d´Arc permanece como testemunha de milagres que pode realizar uma pessoa, ainda que animada apenas pela energia de suas convicções, mesmo adolescente, pastora e analfabeta, de modo que seu exemplo guarda um valor universal.

Primeiros anos

Joana nasceu em Domrémy, na região de Lorena (ou Lorraine) na França. Posteriormente a cidade foi renomeada como Domrémy-la-Pucelle em sua homenagem (pucelle; donzela em português). A data de seu nascimento é imprecisa, de acordo com seu interrogatório em 24 de fevereiro de 1431, Joana teria dito que na época tinha 19 anos portanto teria provavelmente nascido em 1412. (Não se sabe a idade correta de Joana pois naquela época não se importavam com a idade exata, por isso o termo certo a usar seria "mais ou menos". Joana declarou uma vez que, quando perguntada sobre sua idade, "tenho 19 anos, mais ou menos").
Filha de Jacques d'Arc e Isabelle Romée, tinha mais quatro irmãos: Jacques, Catherine, Jean e Pierre, sendo ela a mais nova dos irmãos. Seu pai era agricultor e sua mãe lhe ensinou todos os afazeres de uma menina da época, como fiar e costurar. Joana também era muito religiosa ia muito a igreja e frequentemente fugia do campo para ir orar na igreja de sua cidade.
Em seu julgamento, Joana afirmou que desde os treze anos ouvia vozes divinas. Segundo ela, a primeira vez que escutou a voz, ela vinha da direção da igreja e acompanhada de claridade e uma sensação de medo. Dizia que às vezes não a entendia muito bem e que as ouvia duas ou três vezes por semana. Entre as mensagens que ela entendeu estavam conselhos para frequentar a igreja, que deveria ir a Paris e que deveria levantar o domínio que havia na cidade de Orléans. Posteriormente ela identificaria as vozes como sendo do arcanjo São Miguel, Santa Catarina de Alexandria e Santa Margarida.

A Guerra dos Cem Anos

Desde que o Duque da Normandia, Guilherme, o Conquistador, se apoderou da Inglaterra em 1066, os monarcas Ingleses passaram a controlar extensas terras no território francês. Com o tempo, passaram a ter vários ducados franceses: Aquitânia, Gasconha, Poitou, Normandia, entre outros. Os duques, apesar de vassalos do rei francês, acabaram tornando-se seus rivais.
Batalha de Crécy

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