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sexta-feira, 2 de junho de 2017

Bullying pode acontecer dentro de Casa


Geralmente, esses agressores vêm de lares em que a maneira mais comum de se resolver problemas é a violência onde, os pais não têm o hábito de dialogar com seus filhos. Esses agressores procuram suas vítimas sempre entre crianças tímidas, retraídas, com baixa autoestima, pois sabem que eles nunca têm coragem de reagir.
É o caso do analista de sistema, Sérgio Eduardo Fernandes Marques, de 32 anos, que praticou contra a irmã. Por volta dos dez anos, ele também sofreu bullying que vinha de colegas da escola e vizinhos e, como forma de “conforto psicológico”, resolveu revidar em sua irmã mais nova. “Por ter sofrido na infância, pratiquei para trazer sanidade mental para mim. Eu adorava mostrar os defeitos dela para todo mundo, fazendo com que todos rissem dela. Procurei uma terapia por vontade própria, a partir de uma crise emocional. Isso me trouxe um esclarecimento do meu comportamento e de como o que criticava de ruim para mim eu fazia com ela”, relembra Sérgio. Hoje, ele vê como fez mal à irmã e como isso ainda reflete no comportamento dela, de forma ruim.
Outro caso é o de um estudante, de 19 anos, que preferiu não se identificar. Ele é homossexual e sofreu com sua família formada inteiramente por integrantes de uma igreja evangélica. Ele contou que ao revelar sobre seu relacionamento sentiu que foi como um choque para todos. O estudante tinha muito diálogo com os familiares e depois da revelação isso começou a lhe fazer falta. “A gente sempre se falou muito, o silêncio deles me perturbava. Eles não ignoravam, mas também não eram mais os mesmos”. A pressão maior foi por parte de sua avó materna. O jovem nunca sofreu agressão verbal ou física dentro de casa. Para ele, os pais respeitam, mas não aceitam e por isso só dão conselhos bíblicos. Já fora de casa, a avó chegou a insultá-lo. Ele contou que as ofensas aconteciam em qualquer lugar. “Até no ponto de ônibus lotado uma vez, ela me encontrou com meu namorado e foi fazer “barraco” gritando e me xingando de bichinha”, acrescentou o estudante.


O estudo ressaltou ainda que, enquanto a agressão na escola é reconhecida socialmente, a intimidação dentro de casa, muitas vezes, é considerda ‘normal’ e ‘aceitável’. O psiquiatra Ricardo Krause, da Santa Casa de Misericórdia, alerta que o bullying entre irmãos é mais nocivo, já que a família é o local de segurança e acolhimento.
“Quando ocorre na escola, a criança tem a família para recorrer e receber apoio. Mas o bullying dentro de casa sinaliza incapacidade dos pais em protegê-la. Ela se sente sem lugar no mundo”, aponta.
Segundo ele, há casos de bullying praticado por irmãos e responsáveis em conjunto, normalmente quando a criança não atende às expectativas dos pais ou quando apresenta um temperamento diferente dos demais moradores da casa. “Isso é muito danoso e pode gerar até depressão”, declara.



PARTICIPAÇÃO DOS PAIS 
Em alguns casos, os pais podem ter responsabilidade no bullying entre irmãos. É o caso de responsáveis que não tratam os filhos de maneira equilibrada e privilegiam um deles. O ciúme pode motivar as agressões contra o filho ‘mais querido’. Além disso, pais que apresentam comportamento agressivo e costumam ‘zombar’ dos próprios familiares podem servir de mau exemplo para os pequenos. Nesse caso, o comportamento é imitado e a vítima é o irmão.
COMO AGIR
Ao perceber o bullying dentro de casa, os responsáveis devem ser rápidos para cortar o problema e não achar que vai passar com o tempo. É importante deixar claro ao agressor que o comportamento é inaceitável e que fere a vítima. Em alguns casos, escola e babás podem ajudar no processo.
SINTOMAS 
A vítima do bullying pode apresentar tristeza, irritabilidade, depressão, dor de cabeça, náusea, além de atos como fazer xixi na cama, por exemplo.
TRATAMENTO
Envolve terapia familiar e individual. Os pais são orientados a revisar a própria conduta e a criança é estimulada a ser mais assertiva e a enfrentar os próprios problemas. Não há necessidade de medicamentos.

Fonte:
Diário Feminino

O Dia

sexta-feira, 10 de março de 2017

SEJA UM SUPER-HERÓI! DOE SANGUE!!

"Doar sangue é a melhor forma para  salvar vidas"

Adriak Constantino que trabalha na Rádio Gospel Força Maior e Rádio Branime no Paraná é o exemplo, até se vestiu de Power Ranger para dar o exemplo de como é ser um herói, e muitas vezes não precisa confrontar com o perigo.

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Complexo de Electra


complexo de Electra define-se como sendo uma atitude emocional que, segundo algumas doutrinas psicanalíticas, todas as meninas têm para com a sua mãe; trata-se de uma atitude que implica uma identificação tão completa com a mãe que a filha deseja, inconscientemente, eliminá-la e possuir o pai.
Sigmund Freud referia-se a ele como Complexo de Édipo Feminino, tendo Carl Gustav Jung dado o nome "Complexo de Electra", baseando-se no mito grego de Electra, filha deAgamemnon, a qual quis que o irmão se vingasse da morte do pai de ambos matando, por fim, sua mãe Clitemnestra. Freud rejeitava o uso de tal termo por este enfatizar a analogia da atitude entre os dois sexos.
O complexo de Electra é, muitas vezes, incluído no complexo de Édipo, já que os princípios que se aplicam a ambos são muito semelhantes.

Complexo de Édipo

O termo Complexo de Édipo criado por Freud e inspirado na tragédia grega Édipo Rei designa o conjunto de desejos amorosos e hostis que o menino enquanto ainda criança experimenta com relação a sua mãe. O fenômeno psíquico também ocorre nas meninas com relação ao pai, mas a este se dá o nome de Complexo de Electra.


Contexto

Freud baseou-se na tragédia de Sófocles (496–406 a.C.), Édipo Rei, uma trilogia que trata, em partes, da vida de Édipo. 
Produções modernas da peça de Sófocles estavam sendo encenadas em Paris e Viena, no século 19 e tiveram um sucesso fenomenal na década de 1880 e 1890. O psiquiatra austríaco Sigmund Freud em seu livro A Interpretação dos Sonhos publicado pela primeira vez em 1899, propôs que um desejo edipiano é um fenômeno universal psicológico inato (filogenético) dos seres humanos e a causa de grande culpa inconsciente.  Ele baseou isso em sua análise de seus sentimentos ao assistir à peça, suas observações casuais de crianças neuróticas ou normais e no fato de que a peça Édipo Rei teve sucesso em ambos os públicos, antigo e moderno; ele também afirmou que a peça Hamlet fora eficaz pelo mesmo motivo.
Freud descreveu Édipo como segue:

Seu destino nos move apenas porque poderia ter sido o nosso - porque o oráculo lançou a mesma maldição sobre nós antes do nosso nascimento, como sobre ele. É o destino de todos nós, talvez, dirigir nosso primeiro impulso sexual para nossa mãe e nosso primeiro ódio e nosso primeiro desejo assassino contra nosso pai. Nossos sonhos nos convencem de que isso é assim.

O Complexo de Édipo

Édipo e a Esfinge, pintura de Gustave Moreau, (1864)
Na teoria clássica da psicanálise, o complexo de Édipo ocorre durante o estágio fálico do desenvolvimento psicossexual (a idade de 3 até 6 anos), quando ocorre também a formação do libido e do ego; no entanto, pode se manifestar em idade mais precoce.
O infantilismo psicossexual - Apesar da mãe ser o parente que gratifica principalmente os desejos da criança, a criança começa a formar uma identidade discreta sexual - "menino", "menina" - que altera a dinâmica do relacionamento entre pais e filhos; os pais tornam-se objetos de energia libidinal infantil. O menino dirige sua libido (desejo sexual) para a sua mãe, e direciona o ciúme e a rivalidade emocional contra seu pai - porque é o que dorme com a mãe. Além disso, para facilitar a união com a mãe, o Id do menino quer matar o pai (como fez Édipo), mas o ego pragmático, baseado no princípio da realidade, sabe que o pai é o mais forte entre os dois homens que competem a posse da mulher. No entanto, o menino permanece ambivalente sobre o lugar do pai na família, o que se manifesta como o medo da castração pelo pai fisicamente maior; o medo é uma manifestação irracional e inconsciente do ID infantil.
A defesa psicológica - em ambos os sexos, o mecanismo de defesa fornece resoluções transitórias do conflito entre as motivações do ID e as motivações do ego. O primeiro mecanismo de defesa é a repressão, o bloqueio de memórias, os impulsos emocionais e as ideias da mente consciente; mas a sua ação não resolver o conflito ID-Ego. O segundo mecanismo de defesa é a identificação, pelo qual a criança incorpora, ao seu (super)ego, as características de personalidade do pai do mesmo sexo; no que se adaptar, o menino diminui sua ansiedade de castração, porque a sua semelhança com o pai o protege da ira do pai na sua rivalidade materna; ao se adaptar, a menina facilita a identificação com a mãe, que entende que, sendo do sexo feminino, nenhuma delas possui um pênis, e, portanto, não são antagonistas.

Referências

  1. Ir para cima David E. Zimerman. Vocabulário Contemporâneo de Psicanálise. Artmed; 2008. ISBN 978-85-363-1414-3. p. 73–75.
  2. Ir para cima Charles Rycroft. A Critical Dictionary of Psychoanalysis. Penguin Books; 1995. ISBN 978-0-14-051310-3.
  3. Ir para cima Joseph Childers; Gary Hentzi. The Columbia Dictionary of Modern Literary and Cultural Criticism. Columbia University Press; 1995. ISBN 978-0-231-07242-7.
  4. ↑ Ir para:a b Mônica Medeiros Kother Macedo. Neurose: leituras psicanalíticas. EDIPUCRS; 2005. ISBN 978-85-7430-258-4. p. 85 - 86
  5. Ir para cima Oedipus as Evidence: The Theatrical Background to Freud's Oedipus Complex by Richard Armstrong, 1999
  6. Ir para cima Sigmund Freud The Interpretation of Dreams Chapter V "The Material and Sources of Dreams" (New York: Avon Books) p. 296.
  7. Ir para cima Harold Bloom. Oedipus Rex - Sophocles: (Updated Edition).. Infobase Publishing; 2009. ISBN 978-1-4381-1410-1. p. 72.
  8. Ir para cima Joseph Childers, Gary Hentzi eds. Columbia Dictionary of Modern Literary and Cultural Criticism (New York: Columbia University Press, 1995)
  9. Ir para cima Judith Neugroschl. Blueprints Notes & Cases: Behavioral science and epidemiology. Lippincott Williams & Wilkins; 2004. ISBN 978-1-4051-0355-8. p. 6.
  10. ↑ Ir para:a b Alan Bullock; Stephen Trombley; Alf Lawrie. The New Fontana Dictionary of Modern Thought. HarperCollins; 2000. ISBN 978-0-00-686383-0. p. 607, 705.